A Importância da Orientação Vocacional…

Falamos de competências, método de estudo e motivação…

Mas o que move verdadeiramente os nossos jovens?! Os seus objetivos!

A motivação pode ser interna ou externa. Se for externa, se for impulsionada pelo desejo dos pais ou outros motivos que não mobilizem o jovem a partir de dentro, facilmente se desvanece com o tempo. Se for interna, pelo contrário, a motivação poderá diminuir perante desafios mais difíceis, ou que o jovem considere avassaladores (muito grandes para o seu tamanho), mas dificilmente desaparece porque foi algo que o aluno construiu a partir de dentro de si de forma integrada.

Como se consegue esta conquista? Com a determinação de objetivos e de etapas realistas que o permitam alcançá-los. Aqui surge a importância da orientação vocacional. A descoberta da vocação é um processo de maturação contínuo que ocorre desde cedo. Ouvimos alguns jovens dizer que sabem o que querem desde sempre, outros, bem mais velhos que não têm a menor ideia das opções a seguir.

O importante neste processo é que os jovens, todos eles, aproveitem a fase de maturação vocacional para darem início a este processo de descoberta o mais rapidamente possível. Alguns pais questionam “Não é cedo demais?”, “Ah, ele tem muito tempo para decidir!...”. A questão que se coloca é que antes de definir, ou começar a definir o seu percurso de orientação escolar e profissional, os jovens não conseguem compreender na totalidade a razão por que andam na escola. Sabem que têm de ir à escola. Sabem porque os pais lhes transmitiram essa necessidade ou conduziram, sabem porque “tem de ser” e todos vão seguindo o mesmo percurso. 

Mas desconhecem o seu. E desconhecer o seu percurso é o mesmo que andar sem rumo. “Tenho de me esforçar porquê?”, “Estas notas não são suficientes?” “Eu gostava de ser médico mas tenho problemas com a matemática…” Confrontá-los com os seus desejos/dificuldades deve ser um processo contínuo, com início precoce. Assim conseguem ultrapassar dificuldades, atingir metas, gozar sucessos, e definir “rumos” ou objetivos, ou vocações, que lhes permitem dinamizar a dita motivação, essa palavra difícil que raramente entendem, mas percebem quando lhes dizemos: “Se definires o teu objetivo, a tua meta, a tua vida rola. Vais sentir-te mais realizado, mais capaz e menos perdido nas dificuldades atuais e vais desenhar sucessos futuros na tua vida que ainda agora está a começar!” 

A orientação vocacional desperta sonhos e apoia os jovens a ultrapassar as suas próprias barreiras na conquista dos mesmos. Orienta-os no Sistema Educativo Português e na vida académica presente e futura. Haverá alguma coisa que condicione mais, a este nível, a sua motivação interna?

Os filhos não nascem com livro de instruções e os pais nunca foram pais antes de o serem pela primeira vez. Quando têm mais do que um filho questionam-se e colocam-se em causa relativamente às estratégias utilizadas com cada um, pois ambos são diferentes e reagem de forma diferente, quer ao meio ambiente, quer às estratégias por estes adotadas. 

É por isso importante apoiar os pais neste percurso e ajudar os jovens no seu desenvolvimento diferenciado. 

Cada um de nós é um ser único e diferente. Os jovens não são exceção. Precisam de ser orientados, conduzidos, apoiados. Os pais, por sua vez, por vezes conseguem levar esta tarefa a bom porto sem dificuldade. Outras há em que sentem a impotência de não saberem mais o que fazer para que os seus filhos consigam ir mais longe, do que eles próprios conseguiram ou, pelo menos, que alcancem os sucessos necessários a um mundo académico e de trabalho exigente como o de hoje.

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